International Leprosy Association -
History of Leprosy

  • International Leprosy Association -
    History of Leprosy

    Database

    Itapuã (Itapuan)

    Location

    Category Leprosarium
    Country Brazil
    Address Viamão, Rio Grande do Sul

    Notes

    On 31 July 1936, the State Government acquired the Fazenda de Itapuan, with 3 000 hectares of land, 58 kilometres from Porto Alegre, where the leprosarium was to be built. Both the Legislative State Assembly and the Federal Government gave funds for this. The construction was overseen by Dr Luiz Osmundo de Medeiros.
    (Araujo, H C S. 'A lepra e as organizações anti-leprosas do Brasil em 1936' Mem. Inst. Osw Cruz, 1937:32 (1) 153)

    On 11 May 1940, the Hospital-Colônia de Itapuã opened to patients. The site was acquired by the Sociedade Beneficente Leprosário Rio-Grandense, with support from the State. Situated 67 miles from Porto Alegre, the capital of the state, the location was considered far from the city, keeping the patients physically and socially isolated. From the beginning, the leprosarium has counted on the voluntary work of the Irmãs Franciscas da Penitência e Caridade Cristã.
    (Velloso, A P & Andrade, V. Hanseníase - Curar para Eliminar. Edição das Autoras, Porto Alegre, 2002, Chapter 6, 69)

    The colony was self-sufficient, containing schools, churches, bakeries, launderettes etc., rendering it a 'micro-city'. The autonomy of the colony was demonstrated by the appointment of a 'prefect' and a 'delegate', thereby establishing its own system of authority. There were leisure activities available, such as dances, sports, theatre and cinema. The colony was divided into two areas: 'limpa/saudável' - 'clean/healthy', where the Franciscan sisters, doctors and staff lived, and 'suja/doente' - 'dirty/sick', where the patients resided. The two areas were divided off by a fence, preventing patients from leaving their designated area. Healthy children of patients were sent to the preventório, Amparo Santa Cruz. Compulsory isolation of leprosy patients was abolished by law in 1954, which led to a reduction in the number of patients from 700 to 340 in 1960. However, many were unable to reintegrate into society due to prejudice and some returned to the colony, either due to rejection in society or lack of financial/material means. On 1 July 1972, Project CAR (Centro Agrícola de Reabilitação) emerged, due to the overcrowded Hospital São Pedro for mentally ill patients and to a public health policy of reintegrating them into society. Around 180 patients from this Hospital were transferred to the colony of Itapuã, creating a psychiatric unit there. During the last three decades, the colony has continued to house various groups: around 110 patients in the leprosy unit; around 80 ex-CAR patients; residents who are there because of a lack of resources, or families of leprosy patients.
    (Barcelos, A & Borges, V T. O CEDOPE/HCI e o resgate da memória em uma instituição de saúde. Porto Alegre, 2002)

    Notes in Portuguese supplied by Juliane C. Primon Serres and Éverton Reis Quevedo as part of the Brazilian Archival Preservation Project, 2007:

    Histórico:

    Inaugurado em 11 de maio de 1940 no distrito de Itapuã, o Hospital Colônia foi construído no Rio Grande do Sul dentro das políticas nacionais de combate a lepra. Dividido em três áreas: “zona sadia” com residência para o médico diretor, administrador, casas geminadas para os funcionários, uma usina geradora de eletricidade, garagem e moradia para motorista; “zona intermediária” formada pelos prédios da administração, da padaria, a casa das Irmãs, o pavilhão de observações e casa do capelão; “zona suja” com 14 pavilhões “Carville”, 11 casas geminadas, cozinha, refeitório, hospital com ambulatórios, enfermarias (mulheres e homens), lavanderia, capela, forno de incineração, necrotério, oficinas, cemitério. À entrada da “zona suja” ficariam o parlatório e o expurgo. O Hospital ainda contava com uma área rural.

    Mesmo com as obras inacabadas, o Leprosário passou a receber os doentes que no decorrer do primeiro ano de funcionamento da Instituição contavam-se as centenas. O Hospital foi concebido dentro deste modelo nacional de pequena cidade, onde os doentes permaneceriam isolados para evitar a propagação da doença, medida profilática adotada até a década de 1950.

    Oriundos de vários municípios do Estado, os doentes encontraram em Itapuã um espaço projetado para abrigá-los, onde além da estrutura médico hospitalar havia uma organização semelhante a uma pequena cidade. Dentro desse modelo essas instituições deveriam ser auto-sustentáveis economicamente, utilizando o trabalho dos internados, que também seriam envolvidos na estrutura administrativa da colônia, através da ocupação de cargos ligados ao seu funcionamento.

    Com os avanços médicos no tratamento da doença, a área hospitalar, na década de 1970, ficou parcialmente ociosa. Dentro de uma outra política de saúde neste período, portadores de sofrimento psíquico foram transferidos do Hospital Psiquiátrico São Pedro para o HCI, dando a instituição um caráter ainda mais segregacionista.

    Durante os seus 67 anos de funcionamento (comemorados esse ano), o HCI recebeu mais de 2000 pacientes, que entre tratamentos que passavam pela exclusão, medicamentos e reinserção, deixaram suas trajetórias registradas, permitindo não apenas contar as particularidades da instituição, mas também a história do combate à doença no Estado.

    Situação Atual:

    Atualmente o HCI tem um caráter asilar para seus antigos internados e pacientes com sofrimento psíquico. Também presta serviços médicos para a comunidade ao seu entorno.

    Residem na instituição cerca de 50 moradores ex-hansenianos e, 70 pacientes da área psiquiátrica. A faixa etária dos moradores do HCI está em torno dos 60 anos. Neste sentido alguns projetos para destinação da área vem sendo estudados.

    See also entry for Hospital de Emergência.

    • Pavilions in the colony of Itapuã
    • Aerial view of Itapuã
    • The cemetery in Itapuã
    • The church in Itapuã
    • The theatre in Itapuã

    Leprosaria - Historical References
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